Aplicativo tira foto de quem está usando computador. (Foto: Yarima Mecchi / G1 MS) |
"O aplicativo fica me mandando fotos de quem está usando e um relatório do que está sendo feito a cada dois minutos, além de imagens da tela do computador", relata ao G1.
A vítima conta que combinou de vender a máquina para o cunhado, pois havia comprado uma nova, do mesmo modelo e marca. O parente levou o notebook para a casa para começar a usá-lo. Segundo o boletim de ocorrência do caso, no dia 13 de agosto, ladrões entraram na residência após a saída dos moradores e levaram o computador e outros objetos.
Quando soube a respeito do furto, o jovem de 24 anos passou a monitorar o site que recebe os dados enviados pelo aplicativo. Para funcionar, é preciso que o suspeito esteja conectado à internet. "Como eles não tinham a fonte de energia, demoraram para ligar o computador", relata.
Cerca de duas semanas após o crime, o rapaz notou que o programa estava apontando a localização do aparelho. Ele passou as informações para a polícia, que localizou o notebook com um homem de 38 anos, que é morador do bairro Dom Antônio Barbosa.
De acordo com o boletim de ocorrência, o suspeito alega ter comprado o computador de um sobrinho, de 21 anos. Uma viatura foi encaminhada até a casa do jovem, mas os policiais não conseguiram encontrá-lo. Na residência foram apreendidas 29 munições de calibres 21, 32 e 38.
O caso está sendo investigado. A pessoa que estava com o objeto furtado não foi presa. Não há informações se ela responderá por algum tipo de crime.
Segundo o rapaz de 24 anos, os suspeitos apagaram todos os aquivos do computador e ainda baixaram fotos pessoais na máquina. "Eu estou tentando recuperar alguma coisa, mas foi tudo apagado. Vou ver se consigo, mas já perdi muito", declara.
Dicas importantes
O delegado Fernando Nogueira, responsável pela Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) do bairro Piratininga, alerta que as pessoas que passam pela mesma situação do jovem devem fazer como ele e procurar a polícia. Não é recomendado agir por conta, usando o rastreamento para ir sozinho atrás do objeto levado.
"Não fazer contato com o autor para evitar um crime maior, como sequestro ou homicídio. O risco é muito grande, porque não sabe quem está do outro lado", conclui.
Fonte: Portal G1
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