As
Acrobacias
Os organizadores de rodeios alegam que o animal trabalha apenas por oito segundos, como se não houvesse centenas de horas de treinos não supervisionados, muitas vezes, com o mesmo animal. Eles contestam também que os animais utilizados são selvagens e que pinoteiam por índole. Caso fosse verdade o sedem não seria necessário e o animal não pararia de pular após a retirada do mesmo.
Laçada de bezerro: animal de apenas 40 dias é perseguido em velocidade pelo cavaleiro, sendo laçado e derrubado ao chão. Ocorre ruptura na medula espinhal, ocasionando morte instantânea. Alguns ficam paralíticos ou sofrem rompimento parcial ou total da traquéia. O resultado de ser atirado violentamente para o chão tem causado a ruptura de diversos órgãos internos levando o animal a uma morte lenta e dolorosa.
Laço em dupla/team roping: dois cowboys saem em disparada, sendo que um deve laçar a cabeça do animal, e o outro as pernas traseiras. Em seguida os peões esticam o boi entre si, resultando em ligamentos e tendões distendidos, além de músculos machucados.
Bulldog: dois cavaleiros, em velocidade, ladeiam o animal que é derrubado por um deles, segurando pelos chifres e torcendo seu pescoço.
Ferramentas de Tortura
Sedem ou sedenho: é um artefato de couro ou crina que é amarrado ao redor do corpo do animal (sobre pênis ou saco escrotal) e que é puxado com força no momento em que o animal sai à arena. Além do estímulo doloroso pode também provocar rupturas viscerais, fraturas ósseas, hemorragias subcutâneas, viscerais e internas e dependendo do tipo de manobra e do tempo em que o animal fique exposto a tais fatores, pode-se evoluir até o óbito.
Objetos pontiagudos: pregos, pedras, alfinetes e arames em forma de anzol são colocados nos sedenhos ou sob a sela do animal.
Peiteira e sino: consiste em outra corda ou faixa de couro amarrada e retesada ao redor do corpo, logo atrás da axila. O sino pendurado na peiteira,contitui-se em mais um fator estressante pelo barulho que produz à medida em que o animal pula.
Esporas: às vezes pontiagudos, são aplicados pelo peão tanto na região do baixo-ventre do animal como em seu pescoço, provocando lesões e perfuração do globo ocular.
Choques elétricos e mecânicos: aplicados nas partes sensíveis do animal antes da entrada à arena.
Terebentina, pimenta e outras substâncias abrasivas: são introduzidas no corpo do animal
Golpes e marretadas: na cabeça do animal, seguido de choque elétrico, costumam produzir convulsões no animal e são o método mais usado quando o animal já está velho ou cansado.
Esses recursos que fazem o animal saltar descontroladamente, atingindo altura não condizente com sua estrutura, resultam em fratura de perna, pescoço e coluna, distensões, contusões, quedas, etc.
Segundo a Dra.Irvênia Prada, que foi por muitos anos Professora Titular da Faculdade de Medicina da USP e tendo mais de uma centena de trabalhos publicados em Anatomia Animal, ao observar as fotos dos animais em plena atividade no rodeio declarou: "os olhos dos animais mostram uma grande área arredondada, luminosa, consequente à dilatação de sua pupila. Na presença de luz, a pupila tende a diminuir de diâmetro (miose). Ao contrário, a dilatação da pupila (midríase) acontece na diminuição ou ausência de luz, na vigência de processo doloroso intenso e na vivência de fortes emoções (medo, pânico..) e que acompanham situações de perigo iminente, caracterizando a chamada Síndrome de Emergência de Canon. No ambiente da arena de rodeio, o esperado seria que os animais estivessem em miose, pela presença de luz. Assim, a midríase que exibem é altamente indicativa de que estejam na vigência da citada Síndrome de Emergência, o que caracteriza o sofrimento mental."
Fazendo
Frente ao Mito
Num estudo
conduzido pela Humane Society of the United States, dois cavalos
conhecidos pelos seus temperamentos gentis foram submetidos ao uso
da cinta no flanco. Ambos pularam dando coices até a cinta
sair. Então vários cavalos do circuito de rodeio foram
liberados dos currais sem a cinta no flanco e não pularam
nem deram coices, mostrando que o comportamento selvagem e frenético
dos animais é induzido pelos cowboys e promotores dos rodeios.
O
Fim da Trilha
O médico veterinário
Dr. C.G. Haber, que passou 30 anos como inspetor federal de carne,
trabalhou em matadouros e viu vários animais descartados
de rodeios sendo vendidos para abate. Ele descreveu os animais como
"tão machucados que as únicas áreas em que
a pele estava ligada à carne eram cabeça, pescoço,
pernas e abdome. Eu vi animais com 6 a 8 costelas quebradas à
partir da coluna, muitas vezes perfurando os pulmões. Eu
vi de 2 a 3 galões de sangue livre acumulado sobre a pele
solta. Estes ferimentos são resultado dos animais serem laçados
nos torneios de laçar novilhos ou quando são montados
através de pulos nas luta de bezerros." (1)
Os promotores
de rodeio argumentam que precisam tratar seus animais bem para que
eles sejam saudáveis e possam ser usados. Mas esta afirmativa
é desmentida por uma declaração do Dr. T.K.
Hardy, um veterinário e às vezes laçador de
bezerros, feita à revista Newsweek: "Eu mantenho 30 cabeças
de gado para prática, a U$200 por cabeça. Você
pode aleijar três ou quatro numa tarde... É um hobby
bem caro." (2) Infelizmente existe um fornecimento constante de
animais descartados à disposição dos promotores
de rodeios os quais tiveram seus próprios animais esgotados
ou irremediavelmente feridos. Conforme o Dr. Harber documentou,os
circuitos de rodeio são apenas um desvio na estrada dos matadouros.
Escolhas
e Oportunidades
Embora os cowboys de
rodeio voluntariamente arrisquem-se a sofrer injúrias nos
eventos em que participam, os animais que eles usam não têm
esta escolha. Em 1986, no rodeio de Calgary em Alberta no Canadá,
um dos maiores rodeios da América do Norte, oito cavalos
foram mortos ou fatalmente feridos num acidente numa corrida de
carroças. Pelo fato da velocidade ser importante em vários
rodeios, o risco de acidentes é alto.
Bezerros laçados quando estão correndo a mais de 27 milhas por hora, têm seus pescoços tracionados para trás pelo laço, geralmente resultando em injúrias no pescoço e costas,contusões, ossos quebrados e hemorragias internas. Bezerros ficam paralíticos devido à lesão de coluna vertebral ou suas traquéias ficam parcialmente ou totalmente machucadas.(3) Bezerros são usados apenas em um rodeio antes de voltarem ao rancho ou serem sacrificados devido aos ferimentos.(4)
Os cavalos dos rodeios geralmente desenvolvem problemas de coluna devido aos repetidos golpes que sofrem. Devido ao fato de cavalos não ficarem normalmente pulando para cima e para baixo,existe também o risco de lesão das patas quando o tendão se rompe.
As regras da associação de rodeios não são eficazes na prevenção de lesões e não são cobradas com rigor, nem as multas são severas o bastante para evitar maus tratos. Por exemplo, se um bezerro é ferido num torneio, a única punição é que o laçador não poderá laçar outro animal naquele dia. Se o laçador arrastar o bezerro, ele poderá ser desclassificado. Não há regras protegendo os animais durante as provas e não há nenhum observador objetivo ou exames requisitados para determinar se um animal foi ferido num evento.(6)
Fonte: APASFA (Associação Protetora de Animais São Francisco de Assis) - www.apasfa.org
4 Comentários
Imagens fortes, corta o coração ver essa foto do bezerrinho
ResponderExcluirO que fazer com uma pessoa que pratica esse tipo de maldade contra um ser indefeso como este? Revoltante
ResponderExcluirQue ódio que me dá ao ver esse tipo de coisa
ResponderExcluirFazem manifestações por causa de 20 centavos, para liberar maconha, para aprovarem leis para os gays, agora isso que é importante (a maldade contra os animais) ninguem faz nada
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