Animal fica na sede do Partido Verde, no centro de Rio Branco (Foto: Eduardo Duarte/G1) |
A analista judiciária Patricia Maria Acácio fez uma denúncia contra o Partido Verde (PV) no Acre. De acordo com a servidora, duas cadelas que fazem a segurança da sede do partido, localizada no centro de Rio Branco, não são alimentadas corretamente. Ela afirma que servidores do Fórum, do Tribunal de Justiça e de um restaurante se mobilizam para alimentar os animais.
A magreza da cachorra chamou a atenção da Associação Amor a Quatro Patas (Foto: Eduardo Duarte/G1) |
Patrícia conta que percebeu uma anormalidade na magreza de uma das cachorras. Ela disse que viajou por três semanas e se surpreendeu quando voltou a ver o animal. "A cachorra está só pele e osso. Procurei saber de quem era a cadela, mas um senhor me disse que tinha mais o que fazer do que me dar esse tipo de informação. A partir daí, decidi formalizar denúncia em alguns órgãos responsáveis", relata.
A analista teve a ideia de procurar a Associação Amor a Quatro Patas. Patricia tirou uma foto e, rapidamente, a página do Facebook da associação conseguiu repercutir a denúncia na rede social. "As cachorras nunca foram bem cuidadas, mas aconteceu alguma coisa que a situação ficou dessa forma. Ela era normal, não era bem cuidada, mas estava normal", diz.
A secretária que fica responsável pela alimentação da cachorra, Alessandra Seasa, negou a acusação de maus-tratos e disse que os animais são alimentados. "Elas sempre são alimentadas. Eu acredito que ela esteja muito magra assim porque talvez não esteja gostando da ração e também está amamentando", explica.
A segunda cachorra que vive na sede do PV (Foto: Eduardo Duarte/G1) |
Em um local da sede, foi possível ver uma saco de ração e água disponível para as cachorras. A secretária diz que quando não fica no partido deixa muita ração para que elas possam se alimentar.
A vice presidente da Associação Amor a Quatro Patas, Luciana Souza, explica que maus-tratos não se é apenas uma agressão física. Não alimentar e não seguir um procedimento de assistência ao animal, pode ser considerada uma situação de maus-tratos. "A gente pensa que maus tratos é só bater no animal ou algo mais sério, mas o fato de não alimentar e não levar ao veterinário, já é considerado maus-tratos", diz.
Luciana pediu que os responsáveis procurassem levar a cachorra em um veterinário para o motivo da magreza ser diagnosticado. Sobre a amamentação, a jovem ressalta. "Como ela está amamentando, a alimentação tem que ser reforçada. Quando uma cachorra de rua tem filhotes, ela fica assim, nesse estado. Como ela está em casa e tem alimentação, não existe motivos para essa magreza", explica.
A representante deu um prazo de uma semana para as providências serem tomadas. A associação vai acompanhar de perto a situação e se prontificou a colocar para adoção os filhotes da cachorra.
PV contra maus-tratos
A presidente regional do Partido Verde, Shirley Torres, se mostrou surpresa com a denúncia e repudiou qualquer tipo de agressão aos animais. "Eu compro ração do meu bolso. Eu encontrei essa cachora na rua e levei para lá. Eu nunca mais a vi porque estava viajando, mas eu vou lá ver como ela está. Não sei porque o pessoal do Tribunal está fazendo isso", disse.
Cadela será encaminhada para o veterinário (Foto: Eduardo Duarte/G1) |
Shirley confirmou que nunca faltou comida para a cachorra e que defende o direito dos animais. "O Partido Verde defende os cuidados com os animais. Se tem que levar no veterinário, nós vamos levar. Nunca deixaríamos de alimentar um animal. Até sexta-feira (13), vamos levá-la no médico e ele vai passar um suplemento alimentar necessário", comprometeu-se a presidente.
Fonte: Portal G1
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