Cadela foi atendida em clínica veterinária. (Foto: Reprodução/TV Gazeta) |
A cadela que aguardava o dono, em frente ao Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) de Vitória, foi atropelada por um carro na Avenida Vitória, uma das mais movimentadas da capital do Espírito Santo, na tarde desta segunda-feira (7). Ela foi encontrada ferida por um casal que havia ido resgatá-la após ver a história na televisão. Com ferimentos nas patas traseiras e sem conseguir andar, o animal passou por exames em uma clínica veterinária no bairro Bento Ferreira.
A cadela rondava o DPJ de Vitória desde o último domingo (6), quando o dono foi preso por furto. Para chegar até lá, ela teria seguido o carro de polícia por aproximadamente cinco quilômetros. O detido já havia sido transferido para o Centro de Triagem de Viana, mas até a manhã desta segunda-feira (7), a cadela continuava aguardando o reencontro com o dono. Os policiais alimentaram o animal e avisaram a família do detido sobre a situação, mas ninguém havia demonstrado interesse em buscar a cadela.
Após ver a cadela na televisão, um médico de Vila Velha, comovido com a história do animal, foi até o local buscá-lo. Mas, ao chegar, soube que o animal de estimação havia sido atropelado. Com a esposa, o médico levou a cadela para uma clínica veterinária da capital. O casal se prontificou a ficar com a cachorrinha, que despertou a curiosidade de quem trabalha no DPJ e foi apelidada de Filhinha.
Cadela esperou dono no DPJ de Vitória. (Foto: Reprodução/ TV Gazeta) |
Saga
A cadela começou a seguir o carro da polícia no bairro Jardim da Penha, na capital, onde o dono furtou o carrinho de uma obra. Ela passou pela Avenida Fernando Ferrari, pela Ponte da Passagem, cruzou a Avenida Leitão da Silva e parte da Avenida Vitória até chegar ao DPJ.
Transferência
O delegado Leonardo Ávila explicou que a transferência do preso precisou ser feita de forma que a cadela não percebesse. “Assumi o plantão neste domingo às 19h e o animal já estava na porta do DPJ. Ele veio seguindo o dono, que foi preso. O detido já foi transferido, mas o animal permanece aguardando a saída dele. Quando houve essa transferência, a viatura foi colocada dentro da garagem para que o cachorro não percebesse a saída do dono, o que poderia gerar um transtorno”, disse.
Para o delegado, esse é um exemplo de fidelidade. “A gente vê como é a fidelidade do animal, ao contrário de muitos seres humanos. Isso serve de lição para muita gente”, falou.
Fonte: Portal G1
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