O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo
conseguiu bloquear na segunda-feira (9) as contas bancárias dos dois
sindicatos envolvidos na greve do Metrô, que durou cinco dias e deixou
milhões de pessoas sem transporte na cidade. A greve foi considerada
abusiva.
O Sindicato dos Metroviários teve R$ 3 milhões bloqueados, enquanto o
Sindicato dos Engenheiros não poderá movimentar R$ 400 mil. Os valores,
segundo o TRT, garantirão o pagamento da multa de R$ 100 mil por dia de
greve, nos quatro primeiros dias, e mais R$ 500 mil do quinto dia. A
multa aumentou após aviso do desembargador Rafael Pugliese de que, caso a
greve continuasse após ser considerada ilegal, aumentaria para R$ 500
mil.
O valor total da multa, segundo informou o TRT por meio de sua
assessoria de imprensa, deve ser paga em "responsabilidade solidária".
Ou seja, engenheiros e metroviários devem decidir o quanto cada
sindicato deve pagar. Os engenheiros voltaram ao trabalho na
segunda-feira, devendo pagar apenas valor referente aos quatro primeiros
dias.
No início da tarde, o TRT informou que pediu uma readequação do valor
bloqueado do Sindicato dos Metroviários de R$ 3 milhões para R$ 900 mil,
depois da decisão de voltar ao trabalho na noite de segunda-feira. O
valor total da multa, porém, só será conhecido no momento da execução. O
valor de R$ 3 milhões, acima do total da multa, foi solicitado para
garantir o pagamento caso a greve continuasse. Como os engenheiros
voltaram imediatamente após a decisão judicial, o valor bloqueado fica
mantido.
O G1 procurou os sindicatos para comentarem a decisão
mas não obteve sucesso. No dos metroviários, não havia ninguém presente
para dar as informações até as 11h. Os engenheiros ainda não haviam
posicionamento até o mesmo horário.
Fonte: Portal G1
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