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Morador reclama de som alto e é agredido em Guaratinguetá, SP

Vítima sofreu fratura no globo ocular, mas não teve
visão afetada (Foto: Arquivo Pessoal/Alex Coimbra)
Uma reclamação por som alto terminou em agressão no último sábado (28) em Guaratinguetá, no interior de São Paulo. O caso aconteceu de madrugada, quando um morador reclamou com um grupo que ouvia música na Avenida Juscelino Kubitschek, no bairro Campo do Galvão, e foi agredido com chutes por pelo menos dois homens. Por meio de fotos no celular da vítima, a polícia tenta identificar os autores do crime.

De acordo com a vítima, o comerciante Alex Coimbra, de 40 anos, o grupo estacionou um carro próximo ao prédio onde ele mora por volta das 4h e ligou o som. Incomodado com a música alta e com receio de que o barulho acordasse sua filha de 14 anos, o homem foi até o grupo pedir para que diminuíssem o volume.

“A música estava tão alta que tremia meu prédio. Fui conversar com eles, não fui totalmente educado, mas falei normalmente e em nenhum momento levantei a voz”, afirma Coimbra. Após o grupo se recusar a diminuir o som, o morador tentou fotografar a placa do carro, mas foi agredido por pelo menos dois homens.

“Tinha umas quatro pessoas perto do carro e um homem segurou meus braços e acabei caindo no chão. Enquanto isso, outro veio e chutou meu rosto. Meu instinto naquela hora foi não reagir”, afirma ele, que também teve o celular quebrado. A vítima também tentou acionar a polícia pelo telefone 190, mas foi impedida pelos agressores.

Ao voltar para casa, já bastante machucado, Coimbra acabou desmaiando e só acordou no final da manhã. “À tarde, quando já me sentia melhor, fui até a delegacia e registrei a ocorrência. Depois passei no médico e fiz exame de corpo de delito”, conta. Com a agressão, ele teve uma fratura na órbita (globo ocular), mas não teve a visão prejudicada.

Segundo Coimbra, esta não é a primeira vez que música alta no local incomoda a vizinhança. “Aqui é uma avenida problemática. Sempre tem barulho e já fiz ocorrências outras vezes”, diz. Ele estuda entrar na Justiça a respeito do caso e planeja até mesmo mudar de país. “Temos casa própria, mas está muito difícil viver aqui”, afirma.

Investigação
De acordo com o delegado Eduardo Luiz Santos Cabette, responsável pelo caso, a polícia tenta identificar os autores do crime por meio das fotos do carro, tiradas pelo celular da vítima. “O problema é que quebraram o celular, mas o passamos para o setor de investigações, que vai tentar retirar algo. Dependendo do resultado da perícia, poderemos ter informações sobre os suspeitos", disse.

Cabette também informou que, se encontrados, todos os envolvidos no momento da confusão devem ser ouvidos. Se comprovada a agressão, os suspeitos poderão ser indiciados por lesão corporal e receber pena alternativa. “Vale lembrar que o recomendado nestes casos é não abordar as pessoas. Primeiro deve-se acionar o 190, aguardar a chegada da polícia e aí sim tomar providências. Sozinho, as chances de sofrer uma agressão ou xingamento é de 90%”, afirmou.


Fonte: Portal G1

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