O aborto provocado é ilegal e pode ser punido com pena de prisão para a mulher e para as pessoas envolvidas no ato. Somente situações como gravidez causada por abuso sexual, quando a gravidez coloca em risco a vida da mulher ou quando o feto possui anencefalia é que a mulher pode recorrer aos advogados para realizar um parto com consentimento médico.
Após um aborto a mulher desenvolve a Síndrome Pós Aborto que inclui alterações no corpo e na mente que levam a sentimentos de desprezo, angústia e ansiedade que são difíceis de cessar, podendo ser necessário internamento para uso de medicamentos para melhorar a qualidade de vida.
Complicações físicas e psicológicas do aborto
Existem inúmeras complicações que podem afetar a mulher que faz um aborto clandestino, algumas alterações físicas são:
- Perfuração do útero;
- Retenção de restos da placenta que pode levar à infecção uterina;
- Tétano - Por utilizar objetos cortantes contaminados;
- Esterilidade - Por provocar danos irreversíveis ao aparelho reprodutor da mulher;
- Inflamações nas trompas e no útero que podem se espalhar por todo corpo, colocando em risco a vida da mulher.
Segundo pesquisas científicas que avaliaram durante anos diversas mulheres que passaram pelo procedimento, as alterações mais frequentes nas mulheres que fizeram um aborto ilegal são: sentimentos de remorso e culpa, variações de ânimo, depressão, choro frequente, medos e pesadelos, o que faz com que a angústia se torne frequente, e é por esse e outros motivos que o aborto ainda não é legalizado no Brasil.
Como lidar com a gravidez indesejada
Uma gravidez indesejada pode causar medo, angústia e ansiedade na mulher e por isso o apoio psicológico é fundamental nesse momento. Optar por um aborto é desaconselhado porque existem muitos riscos envolvidos e as consequências físicas e emocionais podem comprometer a vida da mulher.
O ideal é não correr o risco de uma gravidez indesejada, usando todos os métodos possíveis para não engravidar, mas quando isso já não é possível porque a mulher já está grávida ela deverá se esforçar para levar uma gravidez saudável, já que é responsável pela vida que carrega dentro dela.
O apoio da família e dos amigos pode ser útil para aceitar a gravidez com todas as dificuldades que ela poderá apresentar. Em último caso entregar o bebê para adoção é uma possibilidade que poderá ser estudada.
Dra. Sheila Sedicias
Médica ginecologista e mastologista formada pela Universidade Federal de Pernambuco com registro profissional no CRM PE 17459.
Fonte: Tua Saúde
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