Estradas administradas pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER) em São Paulo estão sem serviço de atendimento aos motoristas.
O problema acontece na Rodovia Presidente Tancredo Neves, que liga a
Zona Oeste da capital a Jundiaí e a Campinas. É o acesso mais fácil a
cidades da Grande São Paulo como Caieiras, Franco da Rocha e Francisco
Morato.
Sem o serviço do DER, a reportagem do SP2 encontrou um motorista que
teve o carro enguiçado e precisou pagar o guincho. A embreagem do
veículo do azulejista Rodrigo Cassimiro quebrou na subida, onde a pista é
mão dupla e sem acostamento. O jeito foi colocar o triângulo no asfalto
e esperar ajuda. O espaço oferecia risco ao motorista e o passageiro se
protegerem. O mato engoliu a calçada no trecho da rodovia.
O motorista esperou 40 minutos por assistência. Quando ligou para o
0800 do DER, foi informado que a área estava sem atendimento por conta
de “problemas administrativos”.
Cassimiro e o amigo ficaram parados no meio da estrada por exatamente
uma hora. E nesse meio tempo não passou um serviço de atendimento
público. O resultado foi a rodovia parada, com uma faixa só liberada. E a
única solução foi acionar um guincho particular.
O serviço custou R$ 130, valor abaixo do mercado, pois foi feito por um
conhecido do motorista. A remoção do carro na estrada custa, em média,
R$260.
Dez quilômetros adiante, a reportagem do SP2 encontrou mais um carro
enguiçado, uma pane elétrica, a cem metros da entrada de franco da
rocha. Ao ligar para o DER, foi informado que o trecho estava sem
atendimento e orientado a acionar “recursos próprios”. Um eletricista
particular salvou o rapaz.
A falta de assistência na Rodovia Mogi Dutra, que liga Arujá a Mogi das
Cruzes. São oito quilômetros de pista de mão dupla e 10 de pistas
duplicadas, onde não faltam placas com o número de atendimento do DER.
A reportagem do SP2 fez o percurso da estrada duas vezes, ida e volta, e
circulou por mais de duas horas. Não foi encontrado nenhum funcionário e
nenhum carro do serviço de atendimento ao usuário.
Pelo atendimento telefônico do DER, o funcionário nos confirmou que
quem quebrar no meio da estrada vai ficar sem atendimento. “Sem
previsão, pode retornar amanhã, como pode demorar mais um mês também”,
afirma o atendente.
Em nota, o DER informou que está em fase final a licitação para a
contratação da unidade básica de atendimento para as rodovias.
Fonte: Portal G1
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