Na última sexta-feira os cientistas que participaram da 112ª reunião
anual da Associação Americana de Urologia discutiram a sua grande
preocupação pela ligação negativa entre a pornografia e a vida sexual do homem.
Devido a esta nova pesquisa, os cientistas acreditam que assistir
pornografia poderia estar prejudicando o desejo sexual dos homens e
poderiam correr o risco de sofrer disfunção erétil.
O painel de discussão e apresentação do evento destacou os resultados de
duas pesquisas de homens e mulheres sobre o costume de assistir
pornografia e os efeitos em longo prazo na saúde sexual e no
comportamento íntimo, informou Newsweek no dia 12 de maio.
Os pesquisadores, liderados por Matthew Christman, diretor executivo do
programa de urologia pediátrica no Centro Médico Naval de San Diego,
informaram que, embora a pornografia afete de maneira “trivial” a vida
sexual das mulheres, um excesso deste hábito nos homens poderia ser
prejudicial para a sua “saúde psicossocial”.
“Essencialmente, muitos homens que assistem pornografia na internet têm o
potencial de perder o interesse nas relações sexuais com uma pessoa na
vida real”, indicou o artigo.
Em uma das pesquisas, os pesquisadores fizeram questionários com
mulheres de 20 a 40 anos que eram pacientes em uma clínica de urologia
militar. A maioria das mulheres eram brancas, casadas, heterossexuais e
em serviço militar ativo. Aproximadamente 40% delas afirmaram assistir
pornografia pelo menos de vez em quando, e um quarto delas disse que vê
uma vez por semana.
Os resultados do estudo complementar sobre homens apresentaram uma
preocupação maior. Por meio de pesquisas administradas a 312 pacientes
do mesmo grupo de idade (também brancos, heterossexuais e casados), os
pesquisadores encontraram uma grande correlação entre o uso excessivo de
pornografia e a disfunção sexual.
Aproximadamente 20% dos homens veem pornografia de três a cinco vezes
por semana. Cerca de 4% dos homens relataram que preferiam se masturbar
assistindo pornografia, do que ter relações sexuais com uma pessoa.
Os pesquisadores também reconheceram uma correlação entre os homens que
usam pornografia regularmente e aqueles que relataram a falta de desejo e
satisfação sexual, assim como a disfunção erétil.
As duas pesquisas também demostraram como homens e mulheres estão optando por assistir pornografia online.
Em ambas as pesquisas, mais da metade dos participantes do estudo (55%
das mulheres e 62% dos homens) disseram que assistiam pornografia em seu
smartphone.
Em março deste ano, uma análise de 50 estudos descobriu que a
pornografia está negativamente associada à satisfação sexual e
relacional dos homens.
A análise incluiu 50.000 participantes de 10 países e contradiz outro
estudo que afirmou que a pornografia tem um impacto positivo em seus
consumidores.
Do mesmo modo, em 2015, o Arcebispo da Filadélfia nos Estados Unidos,
Dom Charles Chaput, alertou sobre o fato de que a pornografia havia se
tornado uma verdadeira “pandemia”, destruidora de casamentos e lares.
“A pornografia prejudica gravemente as famílias porque isola seus
membros criando obsessões sexuais privadas, o que destrói a intimidade
entre os esposos com noções de sexo ‘perfeito’ que não têm nada a ver
com seres humanos reais”, disse naquela ocasião.
Fonte: ACI Digital
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