Ainda que todos os cachorros sejam da mesma espécie, em termos
científicos (Canis lupus familiaris), a variação física entre as raças é
impressionante, com espécies criadas para diferentes propósitos ao
longo de milhares de anos de convivência entre homens e cães. Uma nova
pesquisa, realizada nos Institutos Nacionais de Saúde, nos Estados
Unidos, busca entender quais raças carregam mais semelhanças genéticas
com outras. O resultado é surpreendente.
Origem geográfica é fator comum
Quem
pensa que os cachorros criados para propósitos similares são os mais
parecidos entre si, por exemplo, pastores alemães e pastores
neozelandeses, está redondamente enganado. O time de pesquisadores,
liderado pela geneticista Heidi Parker, avaliou mais de 160 raças e
descobriu que o fator geográfico é o que mais tem relevância em termos
de semelhanças entre raças.
Isso acontece porque durante boa
parte do convívio entre homens e cachorros, as culturas humanas eram
relativamente isoladas entre si, e diferentes raças foram sendo criadas
para cumprir determinados propósitos dentro da mesma cultura. Por
exemplo: ainda que pugs e Boston terriers sejam mais parecidos, em
termos de aparência, pugs tem uma proximidade genética maior com
schnauzers.
Essa é uma situação similar ao emu e o avestruz,
aves muito similares da Austrália e África, respectivamente, mas que não
compartilham muitas semelhanças genéticas. O fenômeno é conhecido como
“evolução convergente” e, no caso dos cães, esse processo tem
direcionamento humano, com as populações locais direcionando os
propósitos das raças de cachorros para diferentes tarefas.
A explosão das raças
Os
cientistas também encontraram evidências que ajudam a confirmar teorias
de que os primeiros cães domesticados vêm do centro e do leste da Ásia.
A domesticação acabou ganhando o mundo e a primeira leva de adaptações
para tarefas específicas começou a se desenhar em torno das sociedades
agrárias da antiguidade: cães dedicados a proteger seus donos, guiar
rebanhos, caçar roedores e até mesmo companhia foram se desenvolvendo
simultaneamente, e com características próprias, em diversas culturas ao
redor do mundo.
A pesquisa também revelou um dado curioso: a
maior parte das raças criadas nas Américas tem fortes semelhanças
genéticas com os pastores alemães modernos, ou seja, é bem provável que
algum ancestral comum tenha sido trazido à bordo dos barcos de Colombo e
outros exploradores nos séculos XV e XVI. As explosão de raças
modernas, no entanto, começou a acontecer bem mais tarde, na Era
Vitoriana, na metade do século XIX, quando criadores, com uma
compreensão bem mais avançada da genética, começaram a buscar
características estéticas nos diferentes tipos de cachorros.
Ainda
que todos os cachorros sejam da mesma espécie, em termos científicos
(Canis lupus familiaris), a variação física entre as raças é
impressionante, com espécies criadas para diferentes propósitos ao longo
de milhares de anos de convivência entre homens e cães. Uma nova
pesquisa, realizada nos Institutos Nacionais de Saúde, nos Estados
Unidos, busca entender quais raças carregam mais semelhanças genéticas
com outras. O resultado é surpreendente.
Fonte: MSN
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